ESPORTE CLUBE BAHIA

Por volta de 1930, jogadores de dois clubes (Associação Atlética da Bahia e Clube Bahiano de Tênis) resolveram fundar o Esporte Clube Bahia, que poucos anos depois tornou-se o mais popular do Estado e do Norte e Nordeste do Brasil. Como Associação Atlética da Bahia e Clube Bahiano de Tênis desistiram da prática do futebol, os jogadores desses dois Clubes queriam continuar disputando torneios estaduais.

Eles se reuniram num casarão na Avenida Princesa Isabel, onde discutiram estatutos, local para treinamento e problemas financeiros. Outra preocupação era também cativar o povo para torcer para o novo filiado da Liga Baiana de Futebol. Depois de um baile comemorativo, a entrada do ano novo, em 1931, os rapazes voltaram a se reunir em plena madrugada para fundar o Esporte Clube Bahia, que no mesmo ano conquistou o Torneio Início e o Campeonato Baiano de Futebol. A princípio, os rapazes pensaram em colocar o nome de Atlético Baianinho, mas optaram pelo nome estadual. O primeiro presidente foi Waldemar Costa, um conhecido médico de Salvador, na época.

Em 1934 a Bahia foi a vencedora do Campeonato brasileiro de seleções estaduais e o Bahia cedeu a maioria dos jogadores que foram campeões. Na época este era o campeonato mais importante do Brasil e a Bahia foi o único estado do Nordeste a ser campeão.

O clube foi fundado com o slogan "Nasceu para Vencer". Desde então, o Bahia conquistou mais de 43 títulos estaduais, contra apenas 22 de seu principal rival, o Vitória. Foi o primeiro clube brasileiro a participar da Taça Libertadores da América, em 1960.

O Bahia foi semi-finalista do Torneio dos Campeões de 1982 , torneio promovido pela CBF e que reunia então, os maiores clubes do Brasil.

Após as inesquecíveis conquistas da Taça Brasil de 1959 e do Campeonato Brasileiro de 1988, o Bahia não conseguiu manter a estabilidade administrativa e sofreu um declínio. Em 1997, caiu para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, retornando à elite em 2000. Em 2001 fez um ótimo Campeonato Brasileiro, chegando a se classificar para as finais. No ano seguinte, os seguidos erros da diretoria resultaram numa nova queda de produtividade e finalmente em 2003 acabou sendo rebaixado novamente. Em 2004 montou um time muito bom para a segunda divisão, indo à última fase da competição como grande favorito, mas mais uma vez a má organização e desinteresse da diretoria evitaram a ascenção à elite do futebol brasileiro. Em 2005 o Bahia foi juntamente com seu arqui-rival Vitória rebaixado a terceira divisao e tentou em 2006 reerguer sua história vencedora.O Bahia luta agora para conseguir ser campeão baiano, para ter direito a disputar a série C 2007.

O E.C.Bahia é o time com a maior torcida do Norte/Nordeste, sendo nacionalmente conhecido por lotar estádios e atingir sempre as maiores médias de público. Estima-se que tenha hoje cerca de 14 milhoes de torcedores em todo Brasil. À época do título de campeão brasileiro (1988) uma pesquisa curiosa apontou sua torcida como a quinta maior do estado de São Paulo, atrás apenas do São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos. O recorde público do Bahia foi na semi-final do Campeonato Brasileiro de 1988, quando ganhou do Fluminense por 2 a 1, perante 120.000 espectadores na Fonte Nova.

Maiores conquistas

O Bahia se orgulha de ser o primeiro clube campeão da Taça do Brasil em 1959. Na época, foi disputada a primeira Taça Brasil, competição semelhante à atual Copa do Brasil que reunia os campeões estaduais de todo o país. A grande final foi contra o poderoso Santos, de Pelé. Na primeira partida, o Bahia venceu por 3 a 2, na Vila Belmiro, e perdeu a segunda, na Fonte Nova, por 2 a 0. Houve necessidade de um terceiro jogo, o de desempate, que foi disputado em local neutro, no Maracanã. O Bahia venceu por 3 a 1 e sagrou-se campeão, num título que ficou para a História. Em 1988, o tricolor da Boa Terra conseguiu outro título histórico, ao sagrar-se campeão brasileiro da Primeira Divisão. A final foi contra o Internacional, com a Bahia vencendo o primeiro jogo por 2 a 1, na Fonte Nova, e empatando o segundo em 0 a 0, no Estádio Beira-Rio. Essa foi a maior conquista entre as muitas da história do Bahia. Já tinha sido quinto em 1986 e seria quarto em 1990, o que mostra a força do time do Bahia nesta época, quando fez as suas maiores atuações na história do Campeonato Brasileiro.

Títulos

Nacionais

• Campeonato Brasileiro: 1988.
• Taça Brasil: 1959.

Interestaduais

• Copa do Nordeste: 2 vezes (2001 e 2002).
• Copa Norte-Nordeste: 4 vezes (1948, 1959, 1961 e 1963).

Estaduais

• Campeonato Baiano: 43 vezes (1931, 1933, 1934, 1936, 1938^[1], 1940, 1944, 1945, 1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1954, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1967, 1970, 1971, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1981, 1982, 1983, 1984, 1986, 1987, 1988, 1991, 1993, 1994, 1998, 1999^[2] e 2001).
• Vice-Campeonato Baiano: 9 vezes (1941, 1964, 1972, 1989, 1997, 2000, 2004, 2005 e 2007).
• Taça Estado da Bahia: 3 vezes (2000, 2002 e 2007).
• Vice-Campeonato Taça Estado da Bahia: 2 vezes (2004 e 2006).
• Torneio Início: 9 vezes (1931, 1932, 1934, 1937, 1938, 1951, 1964, 1967 e 1979).

Outras Conquistas

• Torneio Relâmpago: 2 vezes (1939 e 1940).
• Torneio Quadrangular: 2 vezes (1950 e 1962).
• Torneio Octávio Mangabeira (Inauguração da Fonte Nova): 1951.
• Taça Bernardo Martins Catharino: 3 vezes (1953, 1954 e 1955).
• Taça Vivaldo Tavares: 1955.
• Torneio da Amizade (URU): 1959.
• Taça Walter Passos: 1962.
• Torneio Bahia-Pernambuco: 2 vezes (1993 e 1994).
• Copa Internacional Renner: 1997.
• Torneio Maria Quitéria: 1998.

Categorias de Base

• Juniores - Torneio Internacional de Marsaille (FRA): 2 vezes (2001 e 2002).
• Copa Gazetinha Infanto-Juvenil: 1991.
• Campeonato Baiano Sub-20 (Juniores): 14 vezes (1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 2001, 2003, 2004, 2005 e 2007)
• Campeonato Baiano Sub-17 (Juvenis): 2 vezes (1965 e 2003).

Fazendão

Inaugurado em 1979, num bairro da cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, um humilde centro de Treinamento em comparação aos CTs de times consagrados como o Bahia. Antes de sua construção, o Bahia treinava numa chácara no bairro do Costa Azul, chamada de Fazendinha. Com o advento do CT, em antagonismo ao antigo local de atividades, o novo local passou a ser denominado carinhosamente de Fazendão, como é popularmente conhecido até hoje.

O Fazendão não foi concebido apenas como um espaço para treinos. Nele, foi construída também a concentração de atletas profissionais, reformada e reinaugurada em 2004 com o nome de José Maria de Magalhães Neto.

O CT foi batizado com o nome de Osório Villas-Boas, uma homenagem a um dos maiores presidentes da história do clube, comandante na conquista do primeiro título nacional, a Taça Brasil, em 1959, sobre o Santos de Pelé. A saga de Osório é registrada, com orgulho, para a posteridade em seu livro "Bahia: Futebol, Paixão e Catimba".

Construído numa área de 120 mil m2, o Fazendão dispõe de quatro campos de treinamentos, sendo três com medidas oficiais. A área do CT compreende ainda a sede administrativa do clube, hotelaria das divisões de base, sala de imprensa, e uma arquibancada para 3 mil pessoas, espaços construídos na administração do presidente Marcelo Guimarães e inaugurados oficialmente em 2004.

Elenco Atual

Nome completo	Posição	D. Nascimento	Nacionalidade	Clube anterior
Sérgio Luís de Araújo	G	11/05/1970		Santo André
Márcio Rodrigo Angonese	G	06/06/1974		XV de Novembro
Paulo Eduardo G. da Silva	G	10/03/1987		categorias de base
Paulo Cézar da Silva	G	27/03/1986		categorias de base
Carlos Alberto Souto Pinheiro Júnior	LD	08/01/1984		Atlético/PR
Luciano Ferreira dos Santos - Baiano	LD	09/12/1976		Joinville/SC
Alisson Wagner Lira Ferreira	Z	21/10/1983		Treze
Emerson Orlando Melo	Z	02/03/1973		Portuguesa
Cléber Dias dos Reis - Carioca	Z	?		Gama
Eduardo da Silva Nascimento Neto	Z	24/10/1988		categorias de base
Ávine Júnior Cardoso	LE	21/02/1988		categorias de base
Bruno Lopes de Jesus	LE	10/04/1989		categorias de base
Adílson Rodrigues dos Santos	LE	22/09/1981		Atlético de Sorocaba
Marcone Sena Cerqueira	V	12/09/1987		categorias de base
Emerson Cris Hartkopp	V	22/01/1978		Joinville
Rogério Ferreira Sodré	V	28/08/1981		Ipitanga
Eduardo Cardoso do Valle - Dudu	V	18/02/1983		Votoraty
Faustino de Castro Lima Neto - Fausto	V	21/03/1979		Baraúnas
Humberto Fateus dos Santos	V	04/07/1975		Duque de Caxias
Tiago Neiva Ribeiro	M	15/12/1987		Benfica/POR
Danilo Gustavo Vergner Gomes	M	15/10/1981		Cruz Azul/MEX
Danilo Rios Maia Pereira	M	09/06/1988		categorias de base
Lázaro Damascena Pires - Inho	M	25/05/1981		Poções
Elias Ribeiro Oliveira	M	02/09/1983		Vasco da Gama
Cléberson Luciano Frolich - Cléber	M	13/07/1976		Vitória/BA
Amauri Moraes Pereira	A	01/02/1982		CFZ/RJ
Antônio Carlos da Silva Neto - Potiguar	A	29/10/1985		Gama
Charles Garangau Moura	A	14/08/1984		Camaçari
Ednei Alves dos Reis	A	04/02/1975		Colo-Colo
Harley Alberto Santos Ferreira	A	09/03/1979		Itabaiana
Reginaldo Chagas Cavalcante - Moré	A	10/06/1981		Ituano
Raimundo Nonato de Lima Ribeiro	A	05/07/1979		Fortaleza
Artur dos Santos Lima - Arturzinho	T	13/05/1956		Vitória/BA

Maiores Artilheiros

Nome e número de Gols
1. Carlito	253
2. Douglas	211
3. Hamilton	154
4. Uéslei	140
5. Osni	138
6. Vareta e Marcelo Ramos	121
7. Alencar	116
8. Biriba	113
9. Izaltino	112
10. Nonato	112
11. Beijoca	106
12. Zé Hugo	96

Torcidas

Abaixo uma lista das principais torcidas organizadas do clube na atualidade^[3]:

• Bamor: Maior torcida organizada do Bahia. Fica localizada na parte superior do estádio, do lado oposto às cabines de imprensa. Tornou-se, nos últimos anos, um grande atrativo de público, devido à grande festa que faz na Fonte, cantando e gritando o jogo inteiro. Possui muitos adeptos, em torno de 30 mil somente na comunidade oficial no orkut.Contém inúmeras bandeiras assim como uma contagiante bateria e um bandeirão no formato da camisa tricolor. Costuma acompanhar o time nos jogos fora de Salvador, sempre fazendo excursões em parceria com a Povão.

• Povão: Torcida conhecida por seu imenso número de bandeiras. Fica localizada ao lado das arquibancadas especiais do Octávio Mangabeira. Costuma estourar muitos fogos na entrada do Bahia em campo. É a torcida do clube com a maior estrutura, contendo muitas bateria, rojões, sinalizadores e até uma loja no estádio, perto das antigas cadeiras inferiores.

• Terror Tricolor: Fundada em 2003, é reconhecida pela sua independência e pelos constantes protestos contra a diretoria do clube.

• Tricoloucos: Fundada em 2000, o grande destaque é o bandeirão de 2.500 m², o maior do Nordeste.

• Fiel: Torcida onde fica a velha guarda do Bahia. Fica abaixo da Povão, onde sempre faz sombra. Seus membros possuem grande prestígio com a diretoria do Bahia. Sempre costuma honrar o nome e ir a todos os jogos, independente da fase do Bahia. Por sua localização, próximo ao banco de reservas tricolor, tem um papel importante na pressão sobre o clube, seja esta positiva ou negativa.

• Garra: Fica ao lado da Tricoloucos - lado direito do "gol da ladeira". Garantem total independência e sustentam os lemas de "Paz", "Respeito" e "Bahia acima de todos". Fundada em 20 de julho de 1998.

• TUBA: Está localizada no anel superior, logo abaixo da terceira torre de refletores, ao lado da Bamor. Foi criada em 1997 e garantem nunca ter perdido um jogo do Bahia na Fonte Nova e sempre que possível viaja com o time para acompanhar os seus jogos fora.

Presidentes

Abaixo uma lista dos presidentes do clube. (em ordem cronológica)

Petrônio Barradas (2005-) Marcelo Guimarães (1997-2005) Antônio Pithon (1996-1997) Francisco Pernet (1994-1996) Paulo Maracajá (1979-1994) Fernando Schmidt (1975-1979) Luiz Bandeira de Matos (1975) Wilson Trindade (1972-1974) Manoel Inácio Paula Filho (1971-1972) Alfredo Saad (1970) Pedro Pascásio (1969-1970) Osório Villas-Boas (1958-1960 e 1961-1969) Hamilton Figueira Simões (1961) Nelson Pinheiro Chaves (1954-1955) Amado Bahia Monteiro (1952-1954) Manoel Alfredo de Carvalho (1951) Jayme Guimarães (1949-1950)

Clémens Sampaio (1949) José Bahia Ramos (1944-1948) Alfredo Fischer (1944) Emílio Tournillon (1942-1943) José Gabriel Castilho (1941) Álvaro de Souza Lopes (1941) Carlos Wildeberger (1940) Gaston Carvalho (1939) Carlos Costa Pinto de Pinho (1937) Edgard de Lemos Brito (1937) Albérico Mello (1935-1936) Fernando Tude de Souza (1935) Augusto Correia Machado (1934) Alex Von Usler (1933) Plínio Rizério (1931) Waldemar Costa (1931, 1937-1939 e 1955-1957)